quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Um dia você já foi uma Estrela!



O título desta matéria não é uma simples metáfora ou alguma pegadinha, você literalmente já foi uma estrela! Assim como seu vizinho, seus amigos, sua casa, e tudo no planeta Terra. Todos os átomos que compõem seu corpo e o planeta vieram do núcleo superaquecido de estrelas mortas há bilhões de anos atrás. Obviamente, esse não é um processo que se dá num piscar de olhos e é necessário que uma estrela morra para que se dê início.
Sol, uma bola colossal de gás fervente
Tudo tem início com o Hidrogênio, o elemento mais leve, mais simples e mais abundante de todo o Universo. Este é o principal combustível das estrelas. No núcleo das estrelas a temperatura pode chegar a 18 milhões de graus Celsius. A esta temperatura, o centro é tão quente e gera tamanha pressão que é capaz de suportar a fusão termonuclear. Os átomos de Hidrogênio movem-se tão rápido que se fundem e formam um átomo de Hélio. Essa reação nuclear libera grande quantidade de energia, que podemos sentir principalmente na forma de luz e calor, essa energia que é responsável por manter a estrela viva e acesa durante bilhões de anos.
Estrelas do tamanho do nosso Sol, conhecidas como Anãs Amarelas (é isso mesmo, o nosso Sol é considerado um anão!), “queimam” esse combustível durante cerca de 10 bilhões de anos, transformando Hidrogênio em Hélio. Mas um dia esse hidrogênio se esgota e a única coisa que a pobre estrela tem para queimar é o Hélio. E ela assim o faz, gerando temperatura e pressão ainda maiores e convertendo o hélio em elementos mais pesados, como o Carbono e Oxigênio, por exemplo. Infelizmente, por ser pequena, a estrela não consegue gerar elementos ainda mais pesados. Com o passar dos anos ela irá inflar e perder suas camadas externas até restar apenas o núcleo (mais ou menos do tamanho da Terra), neste estágio ela é conhecida como Anã Branca. Com o tempo ela irá resfriar e morrer silenciosamente.
Estrelas em escala.

Já nas estrelas Supermassivas, com massa 40, 80 ou até 100 vezes maior que o nosso Sol, a temperatura e pressão geradas pelo núcleo é tão grande que a fusão termonuclear prossegue, criando elementos cada vez mais pesados como Neônio, Magnésio, Silício, Enxofre. Se fosse possível cortar uma estrela ao meio, ela teria a aparência de uma cebola, com o hidrogênio na camada mais externa e camada após camada de elementos mais pesados. O ponto crítico chega quando o núcleo se torna composto por Ferro, pois este elemento ao ser fundido absorve energia ao invés de liberá-la, tornando o centro da estrela altamente instável e causando o colapso dela. Este expele o resto da estrela em uma explosão colossal, conhecida como Super-Nova.
Supernova, semeando o Universo



 Todos os elementos que formavam as "camadas" da estrela são lançados no Universo, com o passar de milhões de anos esses "restos" se acumulam novamente e formam cometas, luas, asteroides, planetas e até mesmo você!
Sempre que olhar para o céu noturno estrelado lembre-se: uma estrela teve que morrer para que você nascesse!

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